quinta-feira, 29 de março de 2012

Supervalorização da fama e do dinheiro

Mais uma vez tivemos a contribuição de nosso amigo Marcelo Yoshida com um tema que trata sobre algo muito frequente, mas que contrariamente passa muitas vezes despercebido. Agradecemos a contribuição do Marcelo e boa leitura!

O Ilimitado

Supervalorização da fama e do dinheiro?

Cantor que agrediu parceira é criticado por outros cantores e tem apoio dos fãs.

Quais os argumentos?

“Como se ele ligasse o que vc diz ele pode ser lixo mais é rido lindo e talentoso ao contrário de vc que é um babaca que fica criticando os outros”*

O cantor não vai realmente ligar pra pessoa que acha ele um lixo. Maaaaas...

Usar o fato de o cantor ser rico, lindo e talentoso significa que ele pode bater nas pessoas e que ele não pode ser alvo de críticas, seja lá de quem for? Isso justifica ou torna o ato menos reprovável?

É capaz de admirar uma pessoa que agride outra? Acho que não (eu pelo menos não).

Acho que as pessoas deveriam pensar um pouco mais sobre o quão flexível o julgamento se torna a partir do que a pessoa julgada tem. Dinheiro, beleza, fama... Será que essas são as coisas que importam no fim das contas?

O fato de ser um ídolo o torna diferente de qualquer outro ser humano? Acho que não (2).

Eles, ou elas, são pessoas como quaisquer outras. E se eles, ou elas, detêm esse poder de influência, o raciocínio não deveria ser o inverso? Será que não seria exigível que se tornassem modelos de conduta? Talvez.

Assim como artistas, existem outros, menos famosos, como médicos, advogados, juízes, promotores, prefeitos, vereadores, deputados, que detêm também uma carga de influência. Será que esses, mais próximos de nós, também tem uma conduta íntegra? Acho que não (3).

É triste ver como as influências vão determinando a conduta de outras pessoas...

Mas seja diferente. Não seja influenciável. Não só critique. Mude. E quando chegar lá, não faça o mesmo. Não influencie outros negativamente. Seja, pelo menos, um bom exemplo.

FYM
Marcelo Sussumu Yoshida

*O autor do texto quis manter a frase com as palavras de quem a escreveu originalmente.